O diabetes mellitus gestacional (DMG) é definido, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma intolerância aos carboidratos de gravidade variável, que se inicia durante a gestação atual e não preenche os critérios diagnósticos de diabetes mellitus.
O diagnóstico é feito caso a glicose no sangue venha com valores iguais ou maiores a 92mg/dL no jejum ou 180mg/dL e 153mg/dL respectivamente 1 hora ou 2 horas após a ingestão do açúcar.
Os fatores de riscos para Diabetes Mellitus Gestacional são:
1-Idade materna avançada;
2-Sindrome de ovários policísticos;
3-História familiar de diabetes em parentes de primeiro grau;
4-Sobrepeso, obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual;
5-Hemoglobina glicada ≥ 5,9% no primeiro trimestre.
Risco a saúde da DMG:
O histórico de diabetes gestacional é um importante fator de risco para desenvolvimento de diabetes tipo 2 ao longo da vida adulta e na senilidade.
O diabetes gestacional pode causar problemas à mãe e ao filho, como crescimento excessivo do bebê , o que pode ocasionar: parto traumático, hipoglicemia neonatal e até obesidade na vida adulta adulta.
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Prevenção e Tratamento da Diabetes Gestacional
O tratamento inicial do DMG consiste em orientação alimentar que permita ganho de peso adequado e controle metabólico. O cálculo do valor calórico total da dieta deve ser feito de acordo com o índice de massa corporal (IMC), e o ganho de peso indicado ao longo da gestação baseia-se, idealmente, na avaliação do IMC pré-gestacional ou no IMC obtido no início do pré-natal.
O Valor calórico total prescrito deve ser individualizado e conter 40 a 55% de carboidratos, 15 a 20% de proteínas e 30 a 40% de gorduras. Deve-se dar preferência ao consumo de alimentos que contenham carboidratos com baixo índice glicêmico porque é associado a diminuição da necessidade de indicar o uso de insulina e ao menor ganho de peso ao nascer.
A Prática de exercício físico deve fazer parte do tratamento do DMG, respeitando-se as contraindicações obstétricas, e recomenda-se o monitoramento das glicemias capilares pré e pós-prandiais, especialmente nas gestantes que usam insulina. Após duas semanas de dirá, se os níveis glicêmicos permanecerem elevados (jejum ≥ 95 mg/dL e 1 hora pós-prandial ≥ 140 mg/dL ou 2 horas pós-prandiais ≥ 120 mg/dL), deve-se iniciar tratamento farmacológico.
Aproximadamente 6 semanas após o parto a mulher que teve diabetes gestacional deve realizar um novo teste oral de tolerância a glicose, sem estar em uso de medicamentos antidiabéticos.
O desenvolvimento de diabetes tipo 2 após o parto frequentemente é prevenido com a manutenção de uma alimentação balanceada e com a prática regular de atividades física.
Por fim, você ficou com dúvidas? Quais outros mitos sobre o diabetes você conhece?
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