O diabetes tipo MODY é considerado o único de origem genética, mas como gera sintomas semelhantes aos observados em outros tipos de diabetes, é geralmente tratado como se fosse diabetes tipo 1 ou tipo 2. O termo MODY vem da sigla em inglês Maturity Onset Diabetes of the Young – ou, em tradução livre, diabetes juvenil de início tardio.
No diabetes MODY, a produção ou a eficiência da insulina no corpo é prejudicada em função de mutações genéticas, que são transmitidas de pais para os filhos. Se apenas um dos pais possuir essa mutação, há 50% de chances de o filho apresentar essa mutação ao nascer e 95% de desenvolver diabetes.
Diagnóstico:
As pessoas que desenvolvem o diabetes tipo MODY apresentam normalmente o seguinte perfil: foram diagnosticados com menos de 25 anos de idade, um dos pais tem diabetes, há casos de diabetes na família há pelo menos duas gerações e não precisam necessariamente fazer uso de insulina. O sintoma mais característico é a hiperglicemia. Para confirmar o diagnóstico, é necessário fazer exames específicos, a pedido do médico.
Conclusão:
O diabetes do tipo MODY é geneticamente heterogênio caracterizado por um início precoce, um modo de transmissão autossômico-dominante e defeitos primários no âmbito da secreção da insulina. Trata-se de uma forma de diabetes relativamente frequente, como demonstrado em vários estudos que sugerem que 2-5% dos casos de DM2 sejam, na verdade, MODY.
O diagnóstico clínico relativamente fácil de ser realizado aponta para a necessidade da determinação exata de qual subtipo de MODY o paciente é portador, pois esta definição tem repercussões óbvias na escolha correta do tratamento e também no prognóstico destes indivíduos.
Além disto, a suspeita ou confirmação de que um paciente é portador de MODY permite o diagnóstico de outros familiares que desconheciam sua condição, propiciando o emprego do tratamento mais adequado e precoce, o que certamente os protegerá do advento das complicações crônicas secundárias ao mau controle metabólico.