Sumário

Autora

Mayara Camêlo

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preço insulina inalável

O primeiro estudo com insulina inalável foi conduzido em humanos em 1924, mas foi apenas em 2006 que a FDA aprovou a primeira insulina inalatória a pacientes com DM1 e DM2: a Exubera (Nektar Therapeutics/Pfizer), derivada de insulina humana recombinante disponível como um pó de insulina seco em spray.

A insulina injetável foi introduzida na prática clínica em 1922. Desde então, outras rotas de administração começaram a ser estudadas, como transdermica, pulmonar, oral e nasal.

A administração pulmonar ofereceu o melhor potencial, devido ao vasto meio alveolar de absorção da insulina para a circulação sistêmica.

 

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Entretanto, a Exubera foi retirada no mercado pouco tempo depois por baixa aceitação e vários fatores contribuíram para a sua falha, como o alto custo do inalador, a dosagem em miligramas (que pode ter confundido pacientes que estavam recebendo insulinoterapia convencional medida em unidades), o tamanho grande do dispositivo, além da necessidade de dose mais elevada comparada com insulinas subcutâneas devido a sua absorção ineficiente.

Então, novas estratégias para a administração de insulina inalatória continuaram a ser pesquisadas, e em julho de 2014 a FDA aprovou a Afrezza (MannKind Corp./Sanofi-Aventis) para pacientes com diabetes.

Como funciona a insulina inalável

A Afrezza usa uma tecnologia chamada Technosphere, que adere e microencapsula a insulina de ação rápida e assim a transporta pelo pulmão.

Quando inaladas, as partículas de insulina Technosphere dissolvem-se no pulmão e entram na camada mucosa dos alvéolos, onde são rapidamente absorvidas pela circulação.

Ela tem, portanto, rápido início de ação, caracterizado por um aumento acentuado nas concentrações séricas, atingindo níveis máximos após 12 a 15 minutos. Sua duração de ação é curta e desaparece em aproximadamente 160 a 180 minutos.

Está disponível como cartuchos de uso único de 4, 8 e 12 unidades. Quando são necessárias mais de 12 unidades, deve-se utilizar uma combinação de cartuchos para atingir a dose alvo.

Como utilizar

  1. O paciente deve encaixar o cartucho com a insulina em pó no inalador;
  2. Ao fechar o inalador, o dispositivo libera a insulina em pó;
  3. O paciente inala a substância, que rapidamente chega ao pulmão;
  4. A insulina é absorvida pela membrana pulmonar, chegando à corrente sanguínea.

A Anvisa alerta: tal como a injetável, a insulina inalável deve ser mantida no refrigerador a uma temperatura entre 2 e 8°C.

A insulina inalável substitui somente as aplicações de insulina de ação rápida ou ultrarrápida, conhecidas como bolus.

Contraindicações da insulina inalável

1-Antes de utilizar o medicamento, o paciente deve se certificar que não tem problemas respiratórios que atrapalham a absorção da insulina;

2-Pessoas que fumam também não devem utilizar o medicamento inalável;

3-Menores de 18 anos também tem restrição ao uso do produto, já que ainda não foi testado em pacientes desta faixa etária – somente em adultos.

Preços  da insulina inalável

Os preços chegaram por R$ 1900,00 após liberação de seu uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Esse valor  refere-se à versão de 8 UI com 90 refis, que deve durar por aproximadamente um mês, considerando três aplicações por dia.

Porém, hoje já é possível encontrar valores menores dependendo da dosagem, farmácia e algumas promoções especificas. Veja aqui alguns valores.

Conclusão

O adequado conhecimento dos médicos e dos demais profissionais de saúde, aliado a educação dos pacientes para utilização, é indispensável para um melhor e correto aproveitamento das tecnologias disponíveis.

Por fim, você ficou com dúvidas? Quais outros mitos sobre o diabetes você conhece?

Gostaria de compartilhar alguma de suas experiências? Use os comentários abaixo para continuarmos a conversa ou envie um e-mail para contato@mayaracamelo.com

Veja: Anvisa aprova uso de insulina inalável.

Veja como funciona a bomba de insulina.