A partir do final do século XX, aconteceram grandes avanços tecnológicos no tratamento do diabetes. Esses avanços permitiram que milhares de pacientes pudessem ter melhorias nos resultados do tratamento da doença, facilitaram o seu manejo e possibilitaram um entendimento mais profundo das variações glicêmicas e de como manejá-las, contribuindo, assim, para um melhor controle e qualidade de vida.
Essas novas tecnologias, ainda em constantes desenvolvimento e evolução, buscam o gerenciamento eletrônico do diabetes, resultando em melhora dos níveis glicêmicos, diminuição dos episódios de hipoglicemia e hiperglicemia e facilidade de cálculos tanto pela equipe de saúde quanto pelo próprio paciente e sua família.
Veja as principais tecnologias para o tratamento do diabetes:
1-Monitoramento contínuo de glicose
Desenvolvidos sistemas de monitoramento contínuo de glicose (SMCG) para melhor avaliação dos padrões e da variabilidade glicêmica, do tempo em que o paciente permanece no alvo glicêmico e ainda para alertar quanto a hipoglicemias preditas ou já presentes, evitando a piora de desfechos.
2-Bomba de infusão de insulina
O objetivo da terapêutica com o SIC de insulina, mais comumente chamado de bomba de infusão de insulina, é simular ao que ocorre no organismo da pessoa sem diabetes, mantendo a liberação de insulina durante 24 horas para tentar obter níveis normais de glicose entre as refeições e liberar insulina nos horários de alimentação.
Veja mais sobre como funciona a bomba de insulina.
3-Dispositivo de injeção de insulina subcutânea
Os cateteres de entrada subcutâneos ou portas de injeção, como o i-Port AdvanceR (Medtronic MiniMed, Northridge, California), são dispositivos inseridos no tecido subcutâneo para a administração direta de medicações.
O i-Port AdvanceR e um dispositivo circular que possui uma agulha de inserção aplicada em um angulo de 90° e em seguida retirada, ficando sob a pele apenas a cânula flexível que será a porta de entrada da medicação no tecido subcutâneo.
4-Insulina Inalatória
O primeiro estudo com insulina inalatória foi conduzido em humanos em 1924, mas foi apenas em 2006 que a FDA aprovou a primeira insulina inalatória a pacientes com DM1 e DM2: a Exubera (Nektar Therapeutics/Pfizer), derivada de insulina humana recombinante disponível como um pó de insulina seco em spray.
Veja mais sobre a insulina inalável.
Conclusão
Todas essas inovações são ferramentas indicadas para uma melhoria do controle glicêmico, associada a redução dos episódios de hipoglicemias. O adequado conhecimento dos médicos e dos demais profissionais de saúde, aliado a educação dos pacientes para utilização, e indispensável para um melhor e correto aproveitamento das tecnologias disponíveis.
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